Tempos de Escuridão

quinta-feira, 7 de maio de 2015

TEORIA DA LITERATURA: Cânone, Anticânone e Literariedade




Olá Pessoal! Sei que não tenho postado nada nestas últimas semanas, a faculdade ta bem corrida e não to tendo tempo para fazer absolutamente nada, mas para compensar trouxe um pouco sobre o que estou estudando em Teoria da Literatura! Vamos conferir hoje o que é Cânone, Anticânone e Literariedade.

Cânone: Canonização vem de Cânone, ou seja, "Sagrado". Para os críticos literários, cânone, é a definição do que é uma boa literatura. Em sua maioria, os listados fazem parte dos clássicos como: Shakespeare.
A palavra Kanon, que é derivada do grego, significa "régua", ou seja, medir o modelo do que é adequado em determinado padrão. Logo, tudo que é cânonico, pertence ao cânone, e por consequência, está inserido em um conjunto de modelo, tido como ideal.
O escritor e professor da Yale, Harold Bloom, escreveu em Cânone Ocidental, a lista que para ele é modelo de boa literatura. Eu ainda não li este livro, mas sem dúvida está adicionado em minha lista, pois Harold é conhecido pelo ser um crítico literário muito bom e também professor de Literatura em uma das universidades mais renomadas, como já havia citado antes, Yale.
Em contrapartida, o anticânone é considerado a má literatura, aquela que não está enquadrada no modelo que para eles é considerado na "medida".

Literariedade: Roman Jakobson, dentro do formalismo russo, criou uma nova forma de se analisar a literatura. Então literariedade é o que confere a um texto o estatuto de literatura. Diferente de outros textos, como por exemplo, textos de noticias, o texto literário possui certos detalhes que chamamos de literariedade. É o que faz do texto ser singular, esteticamente diferenciado, ficcional.  E quais são essas características? Vejamos a seguir:

*Ficcionalidade: É aquilo que faz de um texto de ficção, ser considerado ficção.
*Singularização: caracterizar, especificar, sobressair, marcar, caracterizar.
*Originalidade: Como o próprio nome já diz, um texto original.
* Uso de figuras de linguagem: O uso da linguagem pregada no texto.

O escritor escreve de forma diferente de outras pessoas, da forma que nós respondemos e criamos o texto automaticamente em nossas cabeças. É natural que o ser humano percorra dois eixos para formular textos, frases e etc... O primeiro deles é o de seleção de palavras, o que pretendo usar naquele texto e a combinação é quando vamos dar sentido as palavras soltas. Diferente, os autores percorrem estes dois eixos com muito mais rigor e cuidado.

Ex:

Soneto de Camões

Sete anos de pastor, Jacó servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
Mas não servia ao pai, servia a ela,
E a ela só por prêmio pretendia.

O que vemos aqui é que, Jacó trabalhava para Labão, o pai de Raquel, uma mulher bonita. Contudo, não era para o pai de Raquel, que jacó realmente servia, mas sim a moça bela com intuito de um dia casar com ela.

Isso que fiz agora é como criamos um texto no nosso dia a dia e diferente do Soneto de Camões em que as palavras trazem de certa forma "música" para nossos ouvidos. Uma escolha mais complexa de palavras e uma combinação que traz, digamos que, uma alegoria ao texto, tornando diferente do meu que é mais simplório.

Bom, no post de amanhã, vou falar um pouco sobre os gêneros literários e seus sub-gêneros. Como por exemplo: Gênero Narrativo (Romance, Novela, Conto, Epopeia, Fábula, Apólogo, Parábola, Crônica), Gênero Dramático (Comédia, tragédia), lembrando que este gênero é mais utilizado para peças de teatro, textos que possam ser encenados. Esses dois, eu vou apenas pincelar na próxima postagem e nas seguintes vou trabalhar com eles mais afundo, assim como também vou entrar na questão do Estruturalismo e Imperalismo Russo e traz muitas coisas legais a literatura e novos conceitos para ela.

Comentem e compartilhem!

Abraços.


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