Tempos de Escuridão

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Diante da Lei - Franz Kafka

Hoje, li Diante da Lei, uma parábola que faz parte do livro "O Processo".

"– Se todos aspiram a Lei, disse o homem. – ”Como é que, durante todos esses anos, ninguém mais, senão eu, pediu para entrar?"

Nesta pequena parábola, de duas páginas, Kafka crítica a impenetrável lei que distante e ao mesmo tão perto, não permite a entrada daqueles que deveriam ter com ela o contato mais íntimo. Aqui, conta a história que um homem do campo, que deseja entrar além dos porta da Lei, é barrado por um dos seguranças. O único que protege a entrada, acreditando que poderia entrar depois, assim como prometido, o pobre homem espera durante anos. Contudo, sem sucesso o pobre senhor se vê diante da porta da lei, sem que nenhum homem entrou durante todos esses anos. Já no fim de sua vida, ele pergunta ao segurança, por qual razão ninguém procura a lei se todos aspiram por ela. E naquele momento descobre que o sentido da porta e do segurança é que cada um tem seu próprio obstáculo e deve enfrentá-lo.

De forma que o leitor se sinta íntimo do assunto, Kafka expõe o que todos nós sofremos. A distancia da lei de nós, mas não é a distancia que nos faz não ter acesso, mas sim a força de vontade para superar os obstáculos. Pode parecer ridículo, mas em Legalmente Loira 2 temos a prova de uma garota que luta para que a lei escute sua voz. Ela vence seus próprios "seguranças" naquele momento e ganha a passagem pela porta.

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